domingo, 28 de fevereiro de 2010

Da cela à sala...



A dinâmica do blog se dará da seguinte forma: os textos irão sempre suscitar a discussão visando motivos para o apreciador sair à vida gregária ou manter-se na misantropia, resignar-se no eremitério ou servir à eclesia, peregrinar o deserto ou ir ao cenáculo, cair no Bola ou ficar no bloco do eu sozinho... e por aí vai, levantando bons motivos para a reclusão estanque ou a permanência esperançosa.
Quando tinha uns dezesseis anos li o Tao te Ching, um verso em especial não me saia da cabeça. Falava do vazio, de como a utilidade das coisas reside no vão que possuem, no "nada" a ser preenchido. Então inspirado escrevi um texto muito do piegas, mas que maturou aquele conceito em mim. Chamava-se "A Ciência do Vão". Desde então já desdobrei infinitas vezes as possibilidades e agora quero jogar com isso, com a ausência física.
Vão do pensamento, Nem isso nem aquilo, zero absoluto, pleroma, distanciamento (magia de 2º círculo de clérigo - ah, saudoso Ad&d...) e por aí vai, nos lancemos umas vez mais às faces vazias do nada chaótico...

"Essa noite não tem lua
Eu sei porque vi com meus olhos
Além dos luminosos que não brilham mais
Dorme às escuras a lua
Pra onde vai nosso amor,
Nossa sede?
Há tempos que pergunto isso
Nem mesmo Jesus Cristo
Pendurado na parede
Saberia a resposta
Vem comigo, vem
Já tenho quase tudo que me basta
A flor no pasto
A mesa posta
Minha música e teu calor
Agora só me falta aprender o silêncio."

- O Silêncio; Zeca Baleiro.

Eu quero é botar meu blog na rua, gingar, botar pra ferver!

- Sampaio neles moçada!

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